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No início do mês de Setembro de 2006 tivemos a sorte de mergulhar com Jamantas na Baixa do Sul.
Este “spot” situa-se no canal entre as ilhas Faial e Pico a cerca de 3 milhas do Porto da Horta.
A profundidade mínima é 8 m e a coroa tem uma área de aproximadamente 20 por 30 m. É uma das baixas que mergulhamos mais frequentemente.
O avistamento de tunídeos e lírios é frequente, os rascassos são abundantes e a profundidades próximas dos 30 metros os meros de dimensões apreciáveis são um avistamento sempre desejado.
No dia 12 de Setembro, iniciámos o “briefing” às 10 da manhã já com o barco ancorado. A corrente estava relativamente fraca, a lua estava de quarto como mandam as regras para este tipo de mergulho e o mar tranquilo. Da superfície conseguíamos perfeitamente ver o contorno da coroa e já conseguíamos ver um cardume de lírios a rondar o barco.Iniciámos a nossa descida às 10:15 pelo cabo. A corrente estava um pouco mais forte do que o esperado, mas tudo estava controlado e todos os mergulhadores tinham experiência neste tipo de condições.Iniciámos o nosso mergulho contra a corrente sempre junto ao fundo até à profundidade de 28 m onde avistámos dois grandes meros e um encharéu que encheu a vista. Não demos pelo tempo a passar e antes de aproximarmos o LND dei sinal ao grupo para reunir em duplas e regressar em grupo em direcção ao barco. Fomos subindo lentamente e aproveitando para tirar umas fotos macro a rascassos e moreias que encontrámos no caminho. 45 minutos depois iniciámos a subida pelo cabo, 3 minutos de paragem e subimos calmamente para o barco onde iniciámos o ritual do desequipar e a inevitável conversa sobre o que vimos.
A certa altura olhei para a popa do barco e apercebi-me da corrente ligeira que fazia mover os hélices, mas para além disso vi qualquer coisa à superfície que parecia uma barbatana dorsal de um peixe. Olhei com mais atenção e vi um monstro marinho, com uma área descomunal. Era uma Mobula mobular. A partir daí ficámos malucos e embriagados por aquela sensação. Eu já estava sem o casaco do fato e só tive tempo de atirar um cabo para a água, agarrar numa máscara que nem sequer era a minha e atirei-rme como um miúdo de 5 anos para a água. Não consegui tirar os olhos da enorme manta que filtrava o plâncton mesmo ali à nossa frente a pairar junto a nós, agarrados ao cabo na popa do barco. Pedi uma câmara ao João Marques que mergulhou connosco nesse dia e só parei de disparar quando a bateria acabou. Éramos 5 e todos conseguimos ver a jamanta e quase tocar-lhe. Foi espectacular.
Na mesma semana mas desta vez antes de entrarmos na água avistamos de novo uma Jamanta da mesma espécie a que se seguiram mais duas. Foram três no total que nos acompanharam no início do mergulho e ficaram a circundar a baixa durante toda a manhã.
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